domingo, 1 de dezembro de 2013

a maior tristeza do meu coração

O que fazer com algo que não se sabe tratar?
Eu não sei lidar
Eu só sei que dói
Dói como um buraco
Como uma falta do que não se vê
Dói como a lágrima que não cai
Como um mar inteiro que se prende no peito
Dói como a vida que não mais se entende
Dói como se esquecer de não sofrer e se perder
Dói como o não entender de algo que não mais te visita
Se não tinha lugar e, quando chegou, continuou sem
Como pode, agora, então, fazer falta o imaterial que se foi?
Como pode me dilacerar o que é sem forma e sem tamanho?
Como pode me machucar tanto algo que tinha intenção de fazer bem?
Eu não aguento mais meu coração
Não aguento acordar todo dia e fazer da tristeza, verbo de viver
A sua tortura é sutil e fulminante
Se perdendo de amar você me mata mais a cada segundo


Sara Prates
01.12.2013

3 comentários:

  1. "Se perdendo de amar você me mata mais a cada segundo."
    Acho que é isso mesmo. Esse poema definiu tanto o caos em que eu me sinto mergulhada às vezes, amiga... T.T
    Mas acho que, no fundo, somos nós que nos permitimos morrer aos poucos.

    ps.: espero que você consiga fazer da maior tristeza do seu coração uma alavanca, um degrau seguro, que te impulsione e te ajude a transformar a tristeza em luz.
    Você consegue, eu sei.

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  2. Coisa mais iluminada você! Tenho me esforçado muito pra transformar coisas dentro de mim, pra achar meu próprio lugar dentro de mim. Um dia uma pessoa especial me falou isso. Me deu vontade de conseguir fazer isso também.

    Não tem como crescer sem, primeiro, fincar raízes (vi isso em algum lugar) e isso inclui se deparar com suas sombras. Enfim, né. Difícil, mas necessário.

    Valeu pela força <3

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  3. Sim, amiga. Estamos no mesmo barco e, te ver remando me dá vontade de não parar de remar também. :)
    Vamos juntas, com a cabeça erguida. Vai dar tudo certo!

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