Que eu escreva, então, meia dúzia de palavras inúteis
Meia dúzia de pensamentos bobos
Que o mar de raiva e incompreensão desague num papel qualquer
Inconsolo, inabilidade e desamparo
E eu nada posso falar
Já não cabe mais no meu peito
Esses rabiscos amargos que escrevo, de inúteis, passam a me salvar
Eu não entendo
E sofro
Eu não descanso
Eu desintegro
Eu deságuo e finjo que tá tudo bem
Se antes eu morria um pouquinho dentro de mim
Agora eu morro pra fora, no papel
Ciúme...
"tá tudo bem?"
"tá"
"tá tudo bem?"
"tá"
Sara Prates
28.11.2013
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